quarta-feira, dezembro 24
sábado, dezembro 20
1º) De obrigado. Às duas senhoras que se prontificaram a ajudar-me na difícil tarefa de roubar e colar imagens. Não tenho o prazer de as conhecer, mas seguirei as vossas sugestões (e o vosso rasto) a partir de já.
2º) De rectificação. Ao post sobre os votos para disco do ano. Já ouvi e re-ouvi o Damien Rice e acho a coisa soberba. Melhor ainda, o homem vem a Londres lá para Fevereiro. Ou seja, se mais não houver, tenho já um bom motivo para sorrir quando pegar no bilhete de regresso.
sexta-feira, dezembro 19
A nossa comunicação social noticia o facto positivo do dia: a União Europeia aprovou a redução da quota de pescas de Portugal em 15 por cento. Mas, na verdade, queria reduzir 49 por cento. Percebem? Parece que não, mas é muita fixe para a malta!
Os gajos papam-nos com uma pinta....
E aqui chegamos à segunda crítica: as posições assumidas à esquerda e à direita. Desonestidade, desinformação e demagogia atribuis tu à direita. Concordo plenamente. Como dizia outro dia julgo que a Helena Matos, quando se mostram bonecos tipo Barriguitas para falar de fetos está tudo dito sobre a seriedade da discussão. Mas a verdade é que foram eles que ganharam a batalha. E agora, quer queiramos quer não, o ónus está do lado da esquerda.
Propor iniciativas com a chancela do Bloco de Esquerda ou da Juventude Socialista pode mostrar muita convicção e coerência por parte dos próprios mas não demonstra qualquer tipo de responsabilidade. Porque responsabilidade, em política, também é realismo. E não é realista assumir que as vozes de direita que desencadearam isto se iam pôr atrás das bandeiras do BE ou da JS. Incoerência deles? Talvez. Mas quem põe a causa à frente dos interesses partidários pensaria numa forma melhor de juntar essas vozes à sua luta. Não lhes atirava à cara a exigência de afrontarem o seu próprio partido.
O que conseguiram com isto, volto a dizer, foi acordar os «cães de guarda», remeter ao silêncio quem melhor lhes poderia ter servido e adiar novamente a questão.
quinta-feira, dezembro 18
1) Não vale a pena preocupar-se com isso no resto do ano. É mais divertido fazê-lo nos últimos dias. Evitar, no entanto, um centro comercial no dia 24 ao fim da tarde.
2) Esqueça os preços. Agarre o que estiver à mão porque já não vai ter tempo para voltar atrás.
3) Não pense no que as pessoas iriam gostar, mas no que elas não iriam gostar. Facilita a escolha.
4) Comece pelas pessoas de quem gosta mais. Ao fim de pouco tempo terá gasto tanto dinheiro que a preocupação vai ser "A quem é que eu posso não oferecer prenda e o que é que posso comprar barato para os restantes".
5) Se residir no estrangeiro, compre coisas com palavras na lingua indígena. Dá um toque exótico.
6) Vá cedo (sim, de manhã).
7) Privilegie o comércio tradicional. Este é um conselho da associação dos lojistas que fecham às seis da tarde, têm duas horas e meia para almoço e não abrem aos fins-de-semana.
8) Comece uma nova colecção e guarde todos os recibos. Pode entreter-se a organizá-los por tamanhos, por datas ou por valor. Vai ver que o exercício é pedagógico.
quarta-feira, dezembro 17
As recentes declarações de membros do PSD e do CDS, surpreendentemente flexíveis, vêm provar esta triste realidade. «A maioria de direita deu sinais de abertura? Estão lixados! Vamos já fazer uma conferência de imprensa a pedir para os gajos serem coerentes e amanhã já se estão todos a desdizer... Lindo!»
Meu dito, meu feito. Vejo na televisão o Miguel Portas a falar para três jornalistas numa sala vazia e penso: pronto, é o suficiente. Já lixaram esta merda outra vez! Mas porque é que não se calam? Não perceberam ainda que é bastante mais produtivo do que andar a acirrar constantemente o outro lado? Apresentar propostas que à partida toda a gente já sabe que vão ser recusadas ajuda alguma coisa? «Apanhar» os gajos a desdizer-se tem mais importância do que contar com a ajuda de um soldado no outro lado da trincheira? Não é óbvio que a partir do momento que pedem «coerência» à maioria, eles são obrigados a responder «coerentemente contra» o Bloco?
A vocês, esquerdistas empenhados que dizem não conseguir conter a «paixão e a irritação» quando falam no assunto, algumas palavras apaixonadas e irritadas: é vossa a culpa de tudo ficar na mesma.
Não acreditam? Já pensaram porque é que andam a lutar tão arduamente por uma coisa que a maior parte dos portugueses quer? Porque vocês falharam. E continuam a falhar.
terça-feira, dezembro 16
domingo, dezembro 14
sexta-feira, dezembro 12
A última crónica de JPP no Público é um regresso feliz ao registo que eu gosto. Carrego no eu porque sei que esta opinião decorre exclusivamente desta experiência pessoal. Mas se isso interessar a alguém, é este JPP que admiro: com visão, background e (boa) cultura política.
PS: Por falar em Miss Goldfrapp - há dias a senhora elegeu Lisboa entre as três cidades onde mais gostava de cantar, juntamente com Barcelona e Berlim. O que é bonito, convenhamos. Sobretudo porque foi publicado num jornal inglês e Londres aparecia no último lugar das preferências. O que até a mim me pareceu injusto, já que o sítio que a menina Alison normalmente escolhe quando vem aqui à capital é a Union Chapel. Uma pequena igreja do século XIX, em Islington, onde se pode ouvir música a sério com um copo de vinho tinto pousado no missal. Divino!
quinta-feira, dezembro 11
A sua lógica é correcta: um país bem governado não questiona os decisores. Mas ela não isenta o governo de se esforçar em explicar aos cidadãos porque toma esta opção e quais eram as alternativas. As políticas são normalmente um produto do equilíbrio entre os princípios ideológicos dos governantes e os contrangimentos que estes encontram na sua actividade. E o governo tem a obrigação de esclarecer porque tomou esta direcção, por que é que entende que ela é melhor para o país. Infelizmente, a maior parte das dúvidas e protestos resultam da ignorância - e exactamente aqui o governo tem um papel de explicador. Tem de usar a pedagogia que não aplica precisamente nos textos dos decretos publicados no Diário da República. Finalmente, também discordo da última frase; o marketing é capaz de tudo, principalmente em política.
Por sua vez, o jmf diz que "o problema é que, muitas vezes, se as medidas fossem bem explicadas o povo ainda ficava mais zangado com o governo." Talvez. Eu arrisco.
quarta-feira, dezembro 10
A experiência de estrangeirado permite-me agora acrescentar que o ritual está de tal forma impregnado nas gerações mais novas que as próprias comunidades homolusas espalhadas pelo mundo mantêm-se firmemente ligadas à tradição. O que demonstra um grande arrojo, obviamente, já que ninguém mais se poderia lembrar de tal coisa.
terça-feira, dezembro 9
segunda-feira, dezembro 8
sábado, dezembro 6
quinta-feira, dezembro 4
quarta-feira, dezembro 3
terça-feira, dezembro 2
segunda-feira, dezembro 1
Gado no Daily Nation (Quénia).
sábado, novembro 29
PS: Este senhor não tem o mesmo significado de Mário Soares (MS) em termos de combate político, mas regista-se o longo percurso que culminou no topo da hierarquia institucional francesa. Mas eis que, a três anos das eleições presidenciais, alguns chiraquistas insistem na ideia de um novo mandato, o terceiro, que é permitido em França, ao contrário do que sucedeu há alguns anos em Portugal a propósito de MS. Mas é também do seu partido que também saem os críticos: o ministro Nicolas Sarkozy, o mais popular do governo e o que tem mais hipóteses de lhe tirar a cadeira.
sexta-feira, novembro 28
A viagem a Bagdad foi feita com preparativos dignos de um filme policial. Aos poucos jornalistas que acompanharam o presidente dos EUA foram confiscados telemóveis, pagers e outros instrumentos electrónicos para que não dessem com a lingua nos dentes. Mas o que é que eles pensam que os jornalistas são?
- Mas tu não trabalhas?
- Trabalho. Tirei quatro semanas de férias e as outras duas disse para eles não me pagarem. Nem chatearem...[risos]
- Áh. És freelancer...
- Não! [semi-irritação] Expliquei-lhes que queria ir viajar e pronto.
- Mmmm.. Agora que dizes isso... por acaso já ouvi umas histórias de uns tipos ingleses que vão passar seis meses fora e se põem a viajar pelo mundo. Assim, calmamente. Deixam tudo para trás e catrapumba. Mas as empresas não dizem a estes gajos pra ficarem na Etiópia, no Vietname ou no raio que o parta para onde eles quiserem ir fazer ioga?
- Não pá! [indignação] Se as empresas precisam deles só têm a ganhar com isso. Primeiro, porque o mantêm. O que neste mercado é sempre uma coisa difícil. Depois, porque sabem que esse tipo de experiências só podem valorizar um gajo.
- ... pois... claro.... Este molho está óptimo...
quinta-feira, novembro 27
Nos últimos dois anos, José Maria Aznar esteve presente diversas vezes em comícios e conferências organizados pela direita. Aí nota-se o seu estatuto de estrela, quando o volume de aplausos aumenta significativamente antes e depois das suas intervenções. Mais ruidosos que as ovações a Durão Barroso, que arranha muito melhor a lingua francesa.
quarta-feira, novembro 26
Gay couples should be equal under the law
The time has come to give homosexual couples some legal recognition.
It has frequently been lamented, with good reason, that the institution of marriage is in crisis as divorce rates soar to levels unimaginable a generation ago. There are many reasons for the current disinclination to marry and remain married. These include the continuing fall-out of the sexual revolution of the 1960s; our contemporary selfishness and lack of fidelity; the choice that many women make to delay marriage and children for the sake of their career; as well as government policy, which no longer offers real financial incentives to married couples.
Co-habiting heterosexual couples can choose to marry, and the question of restoring "pro-marriage" financial arrangements can be addressed by tinkering with tax and social security regulations. In the Queen's Speech tomorrow, the Government is expected to propose that homosexuals be allowed to become "registered civil partners" and assume some of the same rights, and responsibilities, as a married couple. The details of the proposed legislation remain vague, but the focus of the changes would be in the areas of inheritance and pensions, and the granting of the right for a civil partner to act as next-of-kin in times of illness.
There is no good reason why a homosexual man or woman, bereaved after decades of faithful union, should face the additional burden of selling a shared home to meet death duties when a partner dies. To state this truth is a simple matter of what is just and practical. It is perverse that existing law should actively discourage any two people in a lifelong relationship from enjoying legal and financial security. Michael Howard was wise to signal that Conservative MPs would have a free vote on the issue.
We understand the reservations several Church leaders have expressed about extending this civil union into some sort of pastiche gay marriage, which would be in breach of so much Judaeo-Christian teaching. But that is a religious issue. What is proposed is a civil matter. It is wrong to oppose a sensible and modest civil reform for fear of where it will ultimately lead. Allowing gay people to affirm their relationship within a civil contract does not undermine the institution of marriage. It might even reinforce it. We will all benefit from greater recognition of stable relationships, of whatever kind.
terça-feira, novembro 25
CORRECÇÃO TARDIA: Leitora atenta (amiga, portanto) alertou-me que, afinal, o dito acidente aconteceu em Campolide, não na baixa. É pena. Parece que perdi um argumento para dizer que as obras do metro no Terreiro do Paço são uma vergonha nacional. Enfim, fica para outra oportunidade.
segunda-feira, novembro 24
A propósito, alguém tem um cigarrinho para rematar o gozo de um observador não-fumador?
domingo, novembro 23
Em termos de engenharia orçamental, os franceses não se ficam atrás de ninguém. Três semanas depois da instalação de 17 radares em locais estratégicos já lá cantam 40 mil infracções por excesso de velocidade. As reclamações contam-se por uma vintena de mãos. Ora somem-se pelo menos 90 euros por cada multa e pensem no jeitinho que isto dava à Manuela Ferreira Leite. Agora multiplique-se por mais mil radares previstos até 2005. Até dá voltas à cabeça.
Mas, apesar de tudo, estes tipos até têm (algum) sentido de humor: no dia da inauguração, os dois ministros da tutela, o do Interior e o dos Transportes, foram "controlados" por um jornal e apanhados acima do limite permitido. Vamos ver se lhes saiem as amêndoas.