quinta-feira, novembro 13

SILOS Ontem vi um programa educativo na TF1 sobre como é gasto o dinheiro dos contribuintes e mostraram alguns exemplos de desperdício de dinheiros públicos. Claro que esses são os mais interessantes - fazer as contas a quanto custa o fardamento dos bombeiros e polícias pode ser chocante mas é compreensível (até à parte em que, num acampamento de bombeiros, um desfile de fardas acaba em sessão de strip-tease à la Full Mounty). Bem, o brinde da noite foi um parque de estacionamento daqueles em altura: parece que ano longínquo de 1986, os autarcas de Montpellier resolveram arranjar um esquema em que transformavam uma parte do edifício em abrigo nuclear, com portas blindadas, filtros de ar, água, etc. Lembrem-se, foi no mesmo ano de Tchernobyl, andava tudo em alvoroço a procurar máscaras na mercearia e a encher a despensa em casa com enlatados de comida para o cão. Três milhões de euros e 17 anos depois, aquilo está cheio de rachas por causa da vibração dos carros, e afinal, para selar, é preciso tirar umas dezenas de carros estacionados. Operação para coisa de vinte minutos, ao fim dos quais só restam umas pessoas do tamanho de barbies. Resultado: um monumento aos visionários. Já estou a ver o Santana a ter ideias.

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