sexta-feira, novembro 28

EU, BRUTUS. Há dias, num prazenteiro almoço com conterrâneos, um dos presentes contava as experiências da sua recente viagem de seis semanas pela Índia. Deformação profissional fez-me arrastar a conversa das paisagens para as perguntas mais práticas.
- Mas tu não trabalhas?
- Trabalho. Tirei quatro semanas de férias e as outras duas disse para eles não me pagarem. Nem chatearem...[risos]
- Áh. És freelancer...
- Não! [semi-irritação] Expliquei-lhes que queria ir viajar e pronto.
- Mmmm.. Agora que dizes isso... por acaso já ouvi umas histórias de uns tipos ingleses que vão passar seis meses fora e se põem a viajar pelo mundo. Assim, calmamente. Deixam tudo para trás e catrapumba. Mas as empresas não dizem a estes gajos pra ficarem na Etiópia, no Vietname ou no raio que o parta para onde eles quiserem ir fazer ioga?
- Não pá! [indignação] Se as empresas precisam deles só têm a ganhar com isso. Primeiro, porque o mantêm. O que neste mercado é sempre uma coisa difícil. Depois, porque sabem que esse tipo de experiências só podem valorizar um gajo.
- ... pois... claro.... Este molho está óptimo...

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