quinta-feira, novembro 4
1) Bush teve uma vitória avassaladora. Televisões e jornais ingleses (os de esquerda) não conseguem fazer um balanço sem deixar cair a expressão «narrow margin». É falso. Foram estas mesmas televisões e jornais que me ensinaram como o sistema eleitoral americano assenta num país dividido em duas partes quase iguais, com uma franja de eleitores voláteis muito pequena. Por isso mesmo, os resultados são sempre aproximados e dependem dos (poucos) Estados onde as duas forças estão mais equilibradas. Ora Bush conseguiu guardar os bastiões republicanos; ganhou em quase toda a linha nos territórios indecisos e até chegou a ameaçar alguns portos seguros dos democratas. As estatísticas ainda dizem mais: nenhum presidente conseguiu reunir tantos votos populares.
2) A opinião da imprensa não faz ganhar eleições. Alguém se lembra de algum título de referência que tenha apoiado George W. Bush? New York Times, Washington Post, Economist... a lista de derrotados é incrível.
3) A guerra foi referendada. E ganhou a opinião dos que a apoiaram. Durante o auge de John Kerry nas sondagens, editoriais de todo o mundo reclamavam que, tal como aconteceu com Aznar, o povo iria manifestar-se sobre o conflito. É inteiramente verdade. E agora é forçoso reconhecer que nos Estados Unidos o resultado foi diferente. Tal como diz o editorial de hoje do Telegraph: «Bush’s re-election demonstrates that the leaders of the war on terror have enough support to preserve in their task». A triste verdade.
4) Os americanos gostam de Bush. Por muito que custe a europeus e intelectuais MichaelMoorianos, a administração Bush é aquilo que os americanos querem. A economia está mal, a guerra parace ser infindável, as notícias de raptos e mortes são diárias, o antiamericanismo cresce no exterior e a imprensa não pára de bater. E mesmo assim, o cowboy ganhou.
quarta-feira, novembro 3
segunda-feira, novembro 1
quarta-feira, outubro 27
Depois fui aquecer água para fazer o café manhoso do supermercado aqui do bairro. Odeio café manhoso. Sentei-me no sofá roçado de casa sem deixar de pensar que o senhorio ainda me há de fazer pagar estes estragos que não fiz. Puxei um cigarro do maço de 7,5 euros e reparei que a porra da chuva não parava.
1585 quilómetros separam-me de Lisboa.
É o que me vale.
sábado, outubro 23
sexta-feira, outubro 22
Há quatro anos, durante uma curta viagem ao Brasil, comprei uma edição especial do Estado de São Paulo com um suplemento chamado «Olho no Senado». Na prática, era exactamente a mesma coisa, mas com a diferença de a informação não ter origem em qualquer relatório, mas no próprio trabalho de investigação do Estadão, realizado ao longo de um ano inteiro, através da consulta de todos os ofícios e registos parlamentares.
E nós?
É simples: nem relatórios oficiais, nem investigação jornalística.
quinta-feira, outubro 21
«O Valente Grego. Foi sem dúvida o melhor elemento portista. Esteve seguro a defender e a prova disso está na saída precoce de Rothen - lesionado - em teoria um dos mais perigosos dos parisienses.»
Mai nada!
Não é uma questão de ideologia, é uma questão de pragmatismo.
quarta-feira, outubro 20
terça-feira, outubro 19
segunda-feira, outubro 4
sexta-feira, outubro 1
segunda-feira, setembro 27
sexta-feira, setembro 24
sábado, setembro 11
quinta-feira, setembro 2
terça-feira, agosto 31
terça-feira, agosto 24
quinta-feira, agosto 19
quarta-feira, agosto 18
terça-feira, agosto 17
quarta-feira, agosto 4
PASSEIOS Por falar em transportes, fiquei impressionado com a quantidade de deficientes motores que recorrem ao autocarro para se deslocarem em Nova Iorque. Por norma uso o autocarro para viajar dentro da cidade e posso afirmar que em pelo menos 40 viagens, 35 fi-las na companhia de pessoas em cadeiras de rodas. Além de todos os veículos poderem "ajoelhar-se" para facilitar a entrada a pessoas mais idosas ou com dificuldades de locomoção, possuem um elevador hidráulico que permite a subida das cadeiras de rodas e vários bancos que podem recolher-se para dar lugar a estas pessoas, que entram empurradas ou sozinhas, quando possuem um modelo eléctrico. Em Paris, apenas uma parte dos autocarros está preparada e em Lisboa, até há poucos anos, ainda se recorria ao sistema do autocarro especial. Eu posso compreender que a renovação da frota seja gradual e que isso implica um esforço financeiro e uma sensibilização dos responsáveis. Mas o que o caso de NY prova é que as pessoas não têm medo de sair para a rua, onde, pelos vistos, podem circular à vontade e em segurança. E não estou a falar apenas das chamadas "barreiras arquitectónicas" que dificultam o movimento das cadeiras de rodas. Portugal tem um problema especial com o qual, o mais cedo possível, terá de lidar: a calçada portuguesa.
segunda-feira, agosto 2
terça-feira, julho 27
sexta-feira, julho 23
1. Na senda dos Verdes, que oportuna e inteligentemente questionaram a legitimidade de Nobre Guedes para ser ministro, Fernando Louçã tentou hoje criar um facto político por ter descoberto que um secretário de Estado veio directamente do mundo privado para o Governo. Mas fez mal. «Já tínhamos um ministro do Grupo Mello, agora temos um secretário de Estado da Associação Nacional de Farmácias». E então? Teremos de ter governantes vindos do desemprego? Têm de ser todos académicos? Ou terão de ser políticos carreiristas que nunca provaram nada no mundo real? Não tem cabimento. O mais engraçado é que até o líder parlamentar do PCP, velho amigo da «democracia» da Coreia do Norte, se lembrou de dizer que o que importa é «a ética política». Como é evidente.
2. Tenho duas ideias sobre Durão Barroso com que, aparentemente, os nossos opinion makers não concordam. Uma menor, relativa ao nome pessoal; outra mais importante, relacionada com o seu papel no desempenho do novo governo. Sobre o nome, espanta-me que a nossa comunicação social (alguma, pelo menos) se sinta obrigada a aceitar a nova designação que Durão escolheu para si próprio. Que os jornalistas de outros países aceitem o pedido não vejo problema de lesa-majestade – só agora é que irão citar o seu nome, de qualquer forma, por isso não tinham razão para fazer o contrário. Mas em Portugal Durão é Durão. Não é o senhor Barroso. Respeitar a audiência significa facilitar-lhe a informação. Neste caso, significa mandar às ortigas o capricho do Sr. Barroso.
Quanto à sua eleição para a presidência da Comissão acho, como a maioria dos portugueses (para usar a técnica de generalização inventada pela família Soares), que é um orgulho para o País. Mas a sua decisão, quer queiram os seus apoiantes quer não, tem muito mais de concretização pessoal do que de abnegação. Em nome da imagem do país, do projecto europeu, ou do que quer que invoquem. Por isso mesmo, o sucesso ou desvario do Executivo de Santana deve ser assacado, em primeiríssimo lugar, a Durão Barroso. Não esqueçamos: foi ele que nos deu este Governo.
3. José Sócrates não podia ter mais sorte. Não só vai receber a liderança do PS quando o Governo é o que é, como dentro do seu partido todos os habituais roedores de calcanhares resolveram cavar a sua própria sepultura e dar de bandeja os trunfos com que lhe poderiam estragar a carreira nos próximos meses\anos. João Soares e Manuel Alegre, mais os seus habituais compagnons de route, resolveram subir ao púlpito e gritar 25 de Abril Sempre!. «Estive nas batalhas mais complicadas», lembrou Soares Jr., no tom épico com que se imagina a conquistar Constantinopla; «toda a minha vida tem sido um combate desigual», proclamou com idêntica solenidade o poeta Alegre, depois de muitas horas de conversas com o Bloco de Leste remanescente do PS. O debate será clarificador, não há dúvida, mas para os portugueses perceberem o nível de insanidade destes senhores.
4. Ao lado de Manuel Alegre, na conferência de imprensa, só uma pessoa se sentou: Maria de Belém. Não, não foi por nostalgia pela velha esquerda de punho fechado. Foi simplesmente porque o seu ódio a António Guterres é cego. E como foi Sócrates quem uma vez lhe lembrou, olhos nos olhos, que Belém «não seria ninguém sem o engenheiro Guterres», o ódio ganhou ramificações.
5. A mudança de pasta de Teresa Caeiro não tem muitas interpretações, só tem uma. Vou tentar adivinhar: Portas queria-a na Defesa, mas não tinha o «sim» definitivo de Santana. Num golpe de esperteza saloia – que até é de estranhar – anunciou o seu nome para consumar o facto. Lopes, como qualquer rookie, não resistiu à tentação de se evidenciar pela lei do mais forte. Perdeu junto da opinião pública, que assistiu à primeira prova do desvario, mas ganhou – sem querer, parece-me – junto de quem menos esperava: Sarmento e Arnaut perceberam que não vale a pena fazer braços de ferro... porque o homem é louco.
quinta-feira, julho 22
domingo, julho 11
sábado, julho 10
quinta-feira, julho 8
quarta-feira, julho 7
terça-feira, julho 6
segunda-feira, julho 5
domingo, julho 4
sexta-feira, julho 2
quinta-feira, julho 1
Aqui está, passou no jornal da tarde da France 2 e garanto que o apresentador foi bastante discreto nos comentários. Quem quiser ver o filme, entre aqui, clique no Journal de 13h (provavelmente o link é efémero) e avance até aos 40 minutos.
Eram aos milhares. Já o tinham sido quando o FCP Porto venceu a Liga dos Campeões e na semana passada, quando Portugal passou às meias-finais. Imagino que em Portugal os comentários se dividam:
"Olha, lá estão outra vez os emigras! Até dançaram folclore". Ou então
"Pôrra, viste os portugueses que ocuparam os Campos Elíseos?!". Mas para quem tem vindo a conviver com esta comunidade nos últimos três anos, vai percebendo que estes momentos
servem para soltar um grito, mostrar que existem. Durante anos viveram em bairros de lata e foram pedreiros, mulheres de limpeza e porteiras. Por isso, foram aprendendo a ser invisíveis.
Os franceses chamam-lhe integração. Mas em cada um destes jovens bate um coração português e muitas vezes mais forte do que naqueles que sempre viveram no país. E nestas alturas mostram o apego às raízes, o orgulho nos seus pais e o desejo de serem ainda mais portugueses.
Por sua vontade, iam a voar até Portugal.
Não, são os quatro mosqueteiros ao serviço do monsenhor Scolari.
Vivam os tugas!
PS: Reportagem fotográfica de André "de Gouveia", excepto fotos 2,6 e 7
segunda-feira, junho 28
Sugestão de leitura: onde se lê Presidente da República, ler primeiro-ministro.
quarta-feira, junho 23
terça-feira, junho 22
domingo, junho 20
sexta-feira, junho 18
Mas adiante. Foi-se a Tânia, veio a Nádia. A bela Nádia, também ela portuguesa e muito orgulhosa disso (como não podia deixar de ser), nasceu na Madeira e lá viveu até aos 19 anos, que foi quando se mudou para a Inglaterra. Depois de passar por alguns biscates suspeitos – o típico «Trabalhei numa boutique...» –, conseguiu ser escolhida para a nova edição inglesa do Big Brother. «Um sonho tornado realidade», bolsou a rapariga.
No início do programa, a Nádia era só mais uma labrega no meio dos outros labregos todos. Isto, claro, até se saber que a Nádia, afinal, era o Fernando. Pois é... Daquilo que mostrou ao grande público, portanto, a única coisa verdadeira parecia ser o apelido, Almada (que mesmo assim, convenhamos, é tão adequado que eu apostava ser uma alcunha). Até aqui tudo suportável. A malta é liberal, finge que não se chateia por o único transsexual que passou pela tv inglesa ser um português e agradece a Deus por haver um campeonato de futebol a rotular o país.
O chato é que a Nádia, ou Nando, ou o raio que o parta, resolveu mostrar um bocadinho do nosso temperamento e vai disto meteu-se à trolha dentro da «casa». Estalo para cá, insulto para lá e, imaginem, a Nádia Almada, transsexual da Madeira, ficou com fama de desordeira e ordinária. Ora isto, tratando-se de uma minoria sexual, é, como todos sabemos, ilegal. Num país que se quer civilizado, um homem com tetas é uma vítima da sociedade e tem o direito a exprimir-se como quiser. Por isso dizemos: Força Nádia! A comunidade está contigo.
quarta-feira, junho 16
terça-feira, junho 15
segunda-feira, junho 14
domingo, junho 13
sábado, junho 12
sexta-feira, junho 11
quarta-feira, junho 9
segunda-feira, junho 7
sábado, junho 5
quinta-feira, junho 3
quarta-feira, junho 2
BOA ONDA Quando se tem um irmão mais velho, é normal que se seja influenciado pelos seus gostos e opiniões. No caso do futebol, ainda está por explicar porque abandonei o Benfica paterno para apoiar o FCP do bro - mas a escolha deu frutos. Mas na música, os motivos são mais evidentes: os meus pais nunca foram melómanos e foi ao som de bandas como Bauhaus, Joy Division, Sisters of Mercy, Cult, Pogues, Siouxsie and the Banshees, Cramps e Dead Kennedys e, claro, Xutos e Pontapés, que fui crescendo. A maior recordação é a das cassetes Basf cor-de-laranja compradas no café da rampa para gravar o Som da Frente do António Sérgio no nosso gravador de deck único mas com duas antenas! Muitos quilómetros de fita leu aquele gravador. Perdoem este momento de nostalgia, mas é impossível não fazê-lo quando escuto o disco dos Nouvelle Vague, um projecto de Marc Collin e Olivier Libaux, que põe ritmos pop e bossa nova a temas como "Love will tear us apart", dos Joy Division, "This is not a love song", dos PIL, "Marian", dos Sisters of Mercy ou "Too drunk to fuck", dos Dead Kennedys. Os ritmos são diferentes, as vozes femininas adocicaram as letras mais rudes e depressivas, o espírito não é o mesmo, mas as músicas ainda mexem. E para os mais novos ou aqueles para quem nada disto faz sentido, oiçam a versão que as Cibo Matto fizeram de "About a girl", dos Nirvana. O efeito deve ser o mesmo.
terça-feira, junho 1
Quem disse que o futebol não é uma forma de promover o País - e se pensarem bem vão lembrar-se de muita gente que vomitou essa alarvidade - devia pensar seriamente em passear-se na rua com um cartaz ao peito e um chapéu de cone. As provas são estas. Graças ao futebol, Portugal é muito simplesmente o País mais falado em Inglaterra e, suponho, em muitos outros países civilizados.
Para um país atulhado de estrume político e judiciário até ao pescoço, convenhamos que não é nada mau.
segunda-feira, maio 31
I'm wandering round and round nowhere to go
I'm lonely London, London is lovely so
I cross the streets without fear, everybody keeps the way clear,
I know, I know no one here to say hello
I know they keep the way clear, I am lonely in London without fear
I'm wandering round and round here
Nowhere to go
While my eyes, go looking for flying saucers in the sky
While my eyes, go looking for flying saucers in the sky
On sunday, monday, autumn pass by me and people hurry on so peacefully
A group approaches a policeman, he seems so pleased to please them
It's good as least to live in peace and I agree
He seems so pleased at least and it's so good to live in peace and
On sunday, monday, years and I agree
While my eyes, go looking for flying saucers in the sky
While my eyes, go looking for flying saucers in the sky
I choose no face to look at choose no place,
I just happen to be here, and It's Ok
Green grass, blue eyes, grey sky, god bless, silent pain and happiness
I came around to say, yes and I say
Green grass, blues eyes, grey sky, god bless, silent pain and happiness
I came around to say yes and I say
While my eyes, go looking for flying saucers in the sky
While my eyes, go looking for flying saucers in the sky
Caetano Veloso
London London
domingo, maio 30
PS: A propósito, a esquerda vai à frente nas sondagens.
Ao contrário do que normalmente me acusam - e do que estas palavras podem dar a entender - não tenho nada contra o casamento. À excepção da música, do pai da noiva bêbedo, dos amigos do «outro lado» e dos bares abertos com VAT 69 até me divirto razoavelmente nas ditas bodas. E tendo em conta que hoje em dia existe aquela coisa chamada «divórcio» já nem sequer me sinto impelido a dizer a alguém «vê lá o que é que vais fazer». Antes prefiro dizer: «Vê lá se tens coragem de proibir a Daniela Mercury, a Fafá de Belém, a Gloria Gaynor, o Frank Sinatra, os paneleiros do YMCA e afins mariconadas». E o Whiskey levo comigo.
sexta-feira, maio 28
quinta-feira, maio 27
quarta-feira, maio 26
segunda-feira, maio 24
quinta-feira, maio 20
quarta-feira, maio 19
Agora que regressei à vida com mais tempo para intervalos - espero - reparo que a crise está em fase de convalescença. Muito por culpa de um fenómeno que parece ter o efeito de um Prozac: as mudanças de Template.
Desde o meu próprio blogue [mudança à revelia de uma das partes, registe-se], aos muito apreciados Homem a Dias; Terras do Nunca; Bomba Inteligente; Babugem; e mais alguns que a hora não me permite recordar. Todos para melhor. Única nota negativa: o desaparecimento aparente d'A Ponte.
PS: Perdi o ritmo. Estou a escrever demais. Enfim, desculpem. Ou como diria o arroto que se julga educado, «com licença».
Lá em cima há planícies sem fim
Há estrelas que parecem correr
Há o Sol e o dia a nascer
E nós aqui sem parar numa Terra a girar
Lá em cima há um céu de cetim
Há cometas, há planetas sem fim
Galileu teve um sonho assim
Há uma nave no espaço a subir passo a passo
Lá em cima pode ser o futuro
Alegria, vamos saltar o Mundo
E a rir, unidos num abraço
Vamos contar uma história
Era uma vez o Espaço
Lá em cima já não há sentinelas
Sinfonia toda feita de estrelas
Uma casa sem portas nem janelas
É estenderes o braço e tu estás no Espaço!
segunda-feira, maio 17
domingo, maio 16
Há poucos dias, vi as mesmas imagens de Valência. Ponho a mão no fogo, como haverá as mesmas imagens em toda a Europa, de todas as cidades que tiveram a felicidade de ver «o clube da terra» vencer o respectivo campeonato nacional. É natural. E também seria natural para os cidadãos do Porto viver a mesma festa se a sua cidade [a minha cidade] não tivesse um presidente de câmara que, nesta e noutras matérias, se acha o mais clarividente de toda a Europa.
Depois de ver as imagens da festa do Arsenal apeteceu-me vir aqui lembrar que este homem instrumentaliza o futebol como todos os outros políticos. A única diferença é que se notabilizou no nosso bizarro rectângulo por o fazer no sentido inverso do que é habitual. Ou seja, em vez de se colar ao mundo da bola, posicionando-se ao lado das barbichas e dos bigodes que tantas náuseas nos dão, dá a entender que esse é um mundo de corrupção onde ele, incorruptível que é por decreto, não se mistura. Não sei, nem quero saber, qual dos jogos acaba por render mais votos. O que sei é que este senhor fabricou uma divisão que não havia e estragou a festa a muitos portuenses. E por isso, só por isso, raios o partam.
sábado, maio 15
quinta-feira, maio 13
terça-feira, maio 11
segunda-feira, maio 10
domingo, maio 9
sexta-feira, maio 7
quinta-feira, maio 6
quarta-feira, maio 5
terça-feira, maio 4
sexta-feira, abril 30
quarta-feira, abril 28
domingo, abril 25
sexta-feira, abril 23
quinta-feira, abril 22
domingo, abril 18
terça-feira, abril 13
segunda-feira, abril 12
COMME D'HABITUDE Várias rádios francesas juntaram-se e celebram hoje o 35° aniversário do tema My Way cantado por Frank Sinatra, que celebrizou pelo mundo inteiro uma melodia original de Claude François, cantada em dezenas de linguas e reproduzida por mais de mil vozes mais ou menos famosas. Outros desenvolvimentos e curiosidades aqui. Ah, parece que os dois nunca se encontraram.
Je me lève
Et je te bouscule
Tu n'te réveilles pas
Comme d'habitude
Sur toi
Je remonte le drap
J'ai peur que tu aies froid
Comme d'habitude
Ma main
Caresse tes cheveux
Presque malgré moi
Comme d'habitude
Mais toi
Tu me tournes le dos
Comme d'habitude
Alors
Je m'habille très vite
Je sors de la chambre
Comme d'habitude
Tout seul
Je bois mon café
Je suis en retard
Comme d'habitude
Sans bruit
Je quitte la maison
Tout est gris dehors
Comme d'habitude
J'ai froid
Je relève mon col
Comme d'habitude
Refrão
Comme d'habitude
Toute la journée
Je vais jouer
A faire semblant
Comme d'habitude
Je vais sourire
Comme d'habitude
Je vais même rire
Comme d'habitude
Enfin je vais vivre
Comme d'habitude
Et puis
Le jour s'en ira
Moi je reviendrai
Comme d'habitude
Toi
Tu seras sortie
Pas encore rentrée
Comme d'habitude
Tout seul
J'irai me coucher
Dans ce grand lit froid
Comme d'habitude
Mes larmes
Je les cacherai
Comme d'habitude
Refrão
Mais comme d'habitude
Même la nuit
Je vais jouer
A faire semblant
Comme d'habitude
Tu rentreras
Comme d'habitude
Je t'attendrai
Comme d'habitude
Tu me souriras
Comme d'habitude
Comme d'habitude
Tu te déshabilleras
Oui comme d'habitude
Tu te coucheras
Oui comme d'habitude
On s'embrassera
Comme d'habitude
Comme d'habitude
On fera semblant
Comme d'habitude
On fera l'amour
Oui comme d'habitude
On fera semblant
Comme d'habitude
Música: Claude François & Jacques Revaux Letra: Claude François & Gilles Thibault
quarta-feira, abril 7
quarta-feira, março 31
terça-feira, março 30
segunda-feira, março 29
segunda-feira, março 22
quinta-feira, março 18
quarta-feira, março 17
terça-feira, março 16
ADIOS, AMIGOS* Tem piada como a eleição de um socialista serve os interesses da direita francesa tanto em relação ao Iraque como nas questões europeias, onde o novo primeiro-ministro espanhol pode desbloquear o impasse na Constituição Europeia. Paris e Berlim precisam de aliados fortes, pois com Londres é difícil de contar. Por isso, eu até percebo que tenham sido expeditos os cumprimentos ao vitorioso e as manifestações de vontade em cooperar. Mas chocou-me que, no momento em que a direita europeia registou a primeira grande derrota depois da era da luta contra o terrorismo, tenham sido escassas ou inexistentes as palavras de solidariedade a favor de um dos seus modelos, em especial do primeiro-ministro, Jean-Pierre Raffarin. Apenas Jacques Chirac telefonou a José-Maria Aznar para lhe assegurar a sua amizade. Mas nós e Alain Juppé sabemos o que isso pode custar.
*Nome do útimo álbum dos Ramones
quinta-feira, março 11
DE ROMA A MADRID Não sei se já chegou a Portugal, mas recentemente vi um filme italiano, Buongiorno, Notte, sobre o sequestro e execução pelas Brigadas Vermelhas do líder da Democracia Cristã, Aldo Moro. E, embora seja um cenário fantasista, adaptado do livro de um dos membros, Anna Laura Braghetti, o filme de Marco Bellochio dá uma imagem de como a luta por uma causa (independentemente da sua legitimidade) pode degenerar. Damos por nós a abanar a cabeça e a interrogar se os responsáveis ainda pensam que valeu a pena.
quinta-feira, março 4
terça-feira, março 2
QUEREM MATAR A TRADIÇAO Para repôr a actualidade e passar a informação ao espectador, Mel Gibson já encontrou distribuidor (link efémero) para La passion du Christ, Tarak Ben Ammar, que anunciou a estréia para a Páscoa. Eu pergunto: e o Quo Vadis?.
segunda-feira, março 1
domingo, fevereiro 29
sexta-feira, fevereiro 27
Mike Lester no Rome news Tribune (EUA)
quarta-feira, fevereiro 25
«Então e aquele projecto de vida?»
«Mudou».
«Desististe?»
«Não, troquei»
Escusado será dizer que mudei, troquei um caminho. E que uma parte do cérebro resolveu passar isto a escrito para sossegar a outra. Agora vou deitá-las juntas e esperar que a reconciliação na cama tenha o efeito que se conhece. Até amanhã.
terça-feira, fevereiro 24
segunda-feira, fevereiro 23
Tu foste encontrar o chévre e o confit de canard, dizes. Eu deixei-os em casa e vim atrás dos «Lisboas». Para já, vão-me divertindo.