sábado, junho 5
DIA D...OUTRA VEZ Esta semana soube-se em França que a esperança de vida dos homens (75,9 anos) está a aproximar-se à das mulheres (82,9 anos), não sei se à custa da longevidade masculina ou da mortalidade feminina. Ou seja, os franceses ganharam mais um ano às francesas nas últimas duas décadas, fumando e bebendo menos. Esta é uma boa notícia para aqueles que têm casamentos felizes. Mas outros têm destinos mais amargos. Nos últimos dias, temos sido bombardeados com documentários, reportagens, edições especiais, informação, fotografias e textos sobre o desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia, em 1944, que iriam libertar França e o resto da Europa do jugo dos nazis. E acreditem que é penoso ver os veteranos, de 80 anos para cima, descreverem mais uma vez como se passou, arrastarem-se pelas cerimónias de homenagem e vergarem ao peso dos vinte quilos de medalhas no peito. Resta-lhes a recordação de como aquele dia foi importante para a Europa e o mundo. Porque no próximo ano lá vão estar eles outra vez, a responder às mesmas perguntas, a verem as mesmas imagens, a repetirem as mesmas recordações.
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