ADIOS, AMIGOS* Tem piada como a eleição de um socialista serve os interesses da direita francesa tanto em relação ao Iraque como nas questões europeias, onde o novo primeiro-ministro espanhol pode desbloquear o impasse na Constituição Europeia. Paris e Berlim precisam de aliados fortes, pois com Londres é difícil de contar. Por isso, eu até percebo que tenham sido expeditos os cumprimentos ao vitorioso e as manifestações de vontade em cooperar. Mas chocou-me que, no momento em que a direita europeia registou a primeira grande derrota depois da era da luta contra o terrorismo, tenham sido escassas ou inexistentes as palavras de solidariedade a favor de um dos seus modelos, em especial do primeiro-ministro, Jean-Pierre Raffarin. Apenas Jacques Chirac telefonou a José-Maria Aznar para lhe assegurar a sua amizade. Mas nós e Alain Juppé sabemos o que isso pode custar.
*Nome do útimo álbum dos Ramones
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