sábado, novembro 29
PS: Este senhor não tem o mesmo significado de Mário Soares (MS) em termos de combate político, mas regista-se o longo percurso que culminou no topo da hierarquia institucional francesa. Mas eis que, a três anos das eleições presidenciais, alguns chiraquistas insistem na ideia de um novo mandato, o terceiro, que é permitido em França, ao contrário do que sucedeu há alguns anos em Portugal a propósito de MS. Mas é também do seu partido que também saem os críticos: o ministro Nicolas Sarkozy, o mais popular do governo e o que tem mais hipóteses de lhe tirar a cadeira.
sexta-feira, novembro 28
A viagem a Bagdad foi feita com preparativos dignos de um filme policial. Aos poucos jornalistas que acompanharam o presidente dos EUA foram confiscados telemóveis, pagers e outros instrumentos electrónicos para que não dessem com a lingua nos dentes. Mas o que é que eles pensam que os jornalistas são?
- Mas tu não trabalhas?
- Trabalho. Tirei quatro semanas de férias e as outras duas disse para eles não me pagarem. Nem chatearem...[risos]
- Áh. És freelancer...
- Não! [semi-irritação] Expliquei-lhes que queria ir viajar e pronto.
- Mmmm.. Agora que dizes isso... por acaso já ouvi umas histórias de uns tipos ingleses que vão passar seis meses fora e se põem a viajar pelo mundo. Assim, calmamente. Deixam tudo para trás e catrapumba. Mas as empresas não dizem a estes gajos pra ficarem na Etiópia, no Vietname ou no raio que o parta para onde eles quiserem ir fazer ioga?
- Não pá! [indignação] Se as empresas precisam deles só têm a ganhar com isso. Primeiro, porque o mantêm. O que neste mercado é sempre uma coisa difícil. Depois, porque sabem que esse tipo de experiências só podem valorizar um gajo.
- ... pois... claro.... Este molho está óptimo...
quinta-feira, novembro 27
Nos últimos dois anos, José Maria Aznar esteve presente diversas vezes em comícios e conferências organizados pela direita. Aí nota-se o seu estatuto de estrela, quando o volume de aplausos aumenta significativamente antes e depois das suas intervenções. Mais ruidosos que as ovações a Durão Barroso, que arranha muito melhor a lingua francesa.
quarta-feira, novembro 26
Gay couples should be equal under the law
The time has come to give homosexual couples some legal recognition.
It has frequently been lamented, with good reason, that the institution of marriage is in crisis as divorce rates soar to levels unimaginable a generation ago. There are many reasons for the current disinclination to marry and remain married. These include the continuing fall-out of the sexual revolution of the 1960s; our contemporary selfishness and lack of fidelity; the choice that many women make to delay marriage and children for the sake of their career; as well as government policy, which no longer offers real financial incentives to married couples.
Co-habiting heterosexual couples can choose to marry, and the question of restoring "pro-marriage" financial arrangements can be addressed by tinkering with tax and social security regulations. In the Queen's Speech tomorrow, the Government is expected to propose that homosexuals be allowed to become "registered civil partners" and assume some of the same rights, and responsibilities, as a married couple. The details of the proposed legislation remain vague, but the focus of the changes would be in the areas of inheritance and pensions, and the granting of the right for a civil partner to act as next-of-kin in times of illness.
There is no good reason why a homosexual man or woman, bereaved after decades of faithful union, should face the additional burden of selling a shared home to meet death duties when a partner dies. To state this truth is a simple matter of what is just and practical. It is perverse that existing law should actively discourage any two people in a lifelong relationship from enjoying legal and financial security. Michael Howard was wise to signal that Conservative MPs would have a free vote on the issue.
We understand the reservations several Church leaders have expressed about extending this civil union into some sort of pastiche gay marriage, which would be in breach of so much Judaeo-Christian teaching. But that is a religious issue. What is proposed is a civil matter. It is wrong to oppose a sensible and modest civil reform for fear of where it will ultimately lead. Allowing gay people to affirm their relationship within a civil contract does not undermine the institution of marriage. It might even reinforce it. We will all benefit from greater recognition of stable relationships, of whatever kind.
terça-feira, novembro 25
CORRECÇÃO TARDIA: Leitora atenta (amiga, portanto) alertou-me que, afinal, o dito acidente aconteceu em Campolide, não na baixa. É pena. Parece que perdi um argumento para dizer que as obras do metro no Terreiro do Paço são uma vergonha nacional. Enfim, fica para outra oportunidade.
segunda-feira, novembro 24
A propósito, alguém tem um cigarrinho para rematar o gozo de um observador não-fumador?
domingo, novembro 23
Em termos de engenharia orçamental, os franceses não se ficam atrás de ninguém. Três semanas depois da instalação de 17 radares em locais estratégicos já lá cantam 40 mil infracções por excesso de velocidade. As reclamações contam-se por uma vintena de mãos. Ora somem-se pelo menos 90 euros por cada multa e pensem no jeitinho que isto dava à Manuela Ferreira Leite. Agora multiplique-se por mais mil radares previstos até 2005. Até dá voltas à cabeça.
Mas, apesar de tudo, estes tipos até têm (algum) sentido de humor: no dia da inauguração, os dois ministros da tutela, o do Interior e o dos Transportes, foram "controlados" por um jornal e apanhados acima do limite permitido. Vamos ver se lhes saiem as amêndoas.