sexta-feira, janeiro 30

ORWEU. O diálogo que se segue é um exerto de uma conversa entre dois jornalistas, na redacção do jornal Farol dos Piolhos, no dia 30 de Janeiro de 2006. Num tom de exemplar civilidade, os dois profissionais discutiam a legitimidade do programa americano para a «Democratização da orla costeira africana», onde se sabia estarem refugiados os principais cabecilhas da Al Aqsa, junto de plataformas petrolíferas. Era então o maior risco que o mundo civilizado enfrentava, já que os perigosos guerrilheiros eram suspeitos de estar armados com as temíveis ogivas nucleares que podiam destruir o mundo inteiro em sete segundos e meio, fabricadas pelos melhores artífices de charutos do regime de Castro:

- É engraçado falares desses cientistas que foram fuzilados por fogo amigo, lembra-me aquele caso Hutton.
- Hutton?
- Sim, aquele em que demitiram os gajos todos da BBC depois deles terem dito que o governo tinha mentido sobre as armas químicas.
- Ahhh, esse! Mas o governo mentiu mesmo não foi?
- Mentiu, mas... (longa pausa)... agora que dizes isso, não me lembro porque é que os gajos foram acusados.
- Morreu um gajo qualquer não foi?
- Foi, o tal cientista, mas acho que esse não tinha nada a ver com a história. Á! Já sei! Eles disseram que o governo tinha «apimentado» um dossier sobre armas químicas, quando na verdade só lhe fez quinze alterações para o «tornar mais forte».
- Mmmmm....

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