sábado, janeiro 10

JPC.
Premissa 1: Dentro e fora da sua geração, o João Pereira Coutinho é uma das pessoas que melhor escreve na imprensa portuguesa.
Premissa 2: O Expresso, quer a blogosfera queira quer não, é o Expresso: com todos os seus defeitos e virtudes, o jornal de referência que mais leitores tem por edição.
Conclusão: A estreia de João Pereira Coutinho no Expresso é um acontecimento feliz.

Há quem ponha em causa este silogismo por achar que o homem é convencido até à última casa, pretensioso e arrogante. Pela amostra daquilo que escreve até acredito que sim. Mas ao contrário de quem faz este tipo de crítica sou bastante menos exigente com as páginas de opinião que leio. Basta-me que sejam bem escritas, tenham humor e algumas ideias. Estou-me completamente borrifando para o perfil do homem por trás da assinatura. Só quero lê-lo para poder concordar ou discordar. Não quero tomar chá nem construir uma bela amizade.
Depois, há também quem acuse o estilo maniqueísta de JPC. A bílis em excesso. Com isto concordo em certa medida. Espero que o lado institucional do Expresso sirva para acrescentar pragmatismo a alguns excessos. De qualquer modo, enquanto a opção for entre o determinismo destrutivo e o equilíbrio sensaborão não hesitarei um segundo. Finalmente, há quem insinue que JPC só trocou o Independente pelo Expresso por uma questão de dinheiro. Aqui só não percebo porque é que se insinua. É óbvio.
Acho que não vale a pena citar os restantes esgares de ódio. Tudo redunda no mesmo: não gostam que o tipo seja bom e não gostam que o tipo seja de direita. Eu cá não sou invejoso.

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