sexta-feira, fevereiro 20

VISITAS Não, pela milésima vez, não! Não quero chouriços nem bacalhau, não tragam queijos nem morcelas, presuntos, vinho, azeitonas, pastéis de Belém, rissóis ou pastéis de bacalhau, azeite, couve, feijão frade, queijo da Serra da Estrela, café, bolos, fritos, sumos... Venham antes com vontade de comer um queijo camembert ou um chèvre, venham provar um confit de canard, de beber um bordeaux ou um Côtes du Rhone, um crepe de açúcar, banana e canela, ou fiquem-se por uma simples sanduiche de gruyere na padaria da esquina. Experimentem o croissant aux amandes e a água Volvic. Sim, é diferente, é menos salgado, é menos doce, é menos comida no prato, é francês. Não tragam as malas cheias de saudades. Não se incomodem. Por muito que custe imaginar, há quem viva sem suspirar por bacalhau à braz ao pequeno-almoço. Mas eu não represento nenhum grupo de expatriados. Estou aqui porque quero. E reconheço que existem destinos menos ditosos.

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